The Police e Mutantes cabeceiam a onda de revivals que preenchem os sites de noticias culturais e alegram os fãs saudosistas. Mas o cantor Morrissey contraria essa onda e resolve seguir em frente com a carreira solo. E para isso, ele prepara o lançamento do novo single chamado That's How People Grow Up para dia 28 de janeiro. Enquanto isso, Morrissey aquece as cordas vocais numa agenda de shows novinha
Enquanto grandes lendas do rock voltam em turnês, o ex-vocalista da britânica The Smiths preferiu recusar a oferta de 75 milhões de euros para o retorno da banda e dar continuidade a carreira solo. É que, além do single e da volta aos palcos, Morrissey vai lançar novo disco e uma coletânea de sucessos. A proposta surgiu através da Warner Music, e o álbum deve sair esse ano. O fã carioca Nelson Antunes não sabe o que esperar deste novo trabalho de Morrissey. “Ele sempre muda e isso é ótimo”, afirmou o fã.
Entretanto, em entrevista a BBC News, o astro nos dá uma dica. “O disco está destinado sofrer influências que resultam em letras conhecidas por incorporarem comentários de cunho social e político”, comentou Morrissey em uma entrevista que muitos dariam um rim para executa-la. O disco anterior do cantor foi Ringleader of the Tormentors
Para ele, o problema é que a exceção do Viva Hate (1988), o primeiro disco solo de Morrissey, os outros não tiveram uma divulgação digna no Brasil. Sobre isso, o ídolo faz questão de frisar à BBC News: “estou fora do mainstream e o mainstream nunca me vai deixar entrar”. Já para o médico mineiro Daniel Boratto o conflito está com velhos fãs dos Smiths. “O trabalho dos Smiths foi tão perfeito e genuíno que gerou uma expectativa imensa a respeito da carreira solo do Morrissey, uma expectativa impossível de corresponder”, afirma Daniel.
A vida do The Smiths foi cronologicamente curta, de
As influências do astro estão os literatos Oscar Wilde e Shelagh Dalaney, a banda estadunidense New York Dolls. Dessa última, Morrissey criou o primeiro fã clube inglês, ainda na juventude. Aliás, foi daí que o jovem Morrissey resolveu encarar a empreitada e seguir em frente na carreira musical. Tentou, sem sucesso mostrar seu talento na banda Nosebleeds. E realmente tudo deu certo quando encontrou o promissor guitarrista Johnny Marr. Juntos, eles eram o núcleo criativo dos Smiths e isso resultou, muitas vezes
Esse último é considerado a obra-prima da banda. Nele a dupla Morrissey / Marr aparece mais inspirada do que nunca. Ao lado de Strangeways, Here We Come (1987), Meat is Murder e do solo Viva Hate, The Queen is Dead está com destaque no livro, récem-lançado no Brasil, 1001 Discos para Ouvir Antes de Morrer. Esse livro é uma verdadeira bíblia da música pop feita nos últimos 50 anos e é escrito por mais de 90 jornalistas e críticos. Assim como toda a sua obra, esperamos agora que o novo álbum de Morrissey também esteja tão imperdível.