A consciência de morte vem junto com a consciência de vida. O primeiro pensamento trouxe consigo a certeza da morte. Bumbum no vaso sanitário, pés balançando e a idade da razão: “-Meu Deus, o que sou eu?” Depois, é claro, a noção de morte liga-se a perda de quem se ama. Isso realmente sempre me preocupou mais do que minha própria morte. Eu morta? Tanto faz, não vai doer. Dor de verdade é o vazio e a saudade nossa de cada dia. Tem, também, um egoísmo humano básico: as pessoas só dão valor naquilo que não possuem mais. Desde então, eu fiz uma auto-promessa: serei a primeira a morrer.
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