"Mesmo se as estrelas começassem a cair
domingo, 30 de agosto de 2009
Força sempre!
"Mesmo se as estrelas começassem a cair
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Indo pra Goiânia, bacana
Fortaleza, julho 2009
Antes de tudo, um forte. Em loco, é bem mais fácil entender o velho Euclides da Cunha. A sensação de estar no nordeste antes mesmo de chegar até ele. Dos 46 passageiros da saga Goiânia – Fortaleza (e Fortaleza – Goiânia) só eu e a Bia éramos aqui do cerrado. Cachorro, sofá, papagaio, velho, menino, cabra macho, ôxi ... tudo e todos indo ou vindo do nordeste brasileiro. Um diagnóstico importante: as paradas do Galant (o nome do nosso ônibus) durante os quase 3.000 quilômetros cruzados têm uma razão precisa de existir.
O mundo como conhecemos em Goiânia, isso inclui também a imensa parte rural, termina em Barreiras – BA. De lá, as vistas abrem-se ao sertão baiano. A transição cerrado – caatinga foi concluída, ou seja, a paisagem e o modo de vida das pessoas já é diferente. Pela janela, o que dá para ver além dos cactos e dos paredões tem aqueles povoados e fazendas dignas de Abril Despedaçado (filme de Walter Salles). Em Petrolina – PE, demos adeus à terra sagrada, a Bahia, como definiu uma das passageiras do Galant. Petrolina = metrópoles regionais que a gente vê em geografia no ensino fundamental. Embarque e desembarque... o que lembro em seguida são milhares de lagoas cearenses até o desemboque final em Fortaleza.
E no meio da rua...
A cidade começa na rodoviária. De lá, para a avenida 13 de maio e o campus Benfica. Traçando parâmetros de comparação: três Goiânias mais sujas e com lugares muito mais lindos. Dica, fique hospedado num lugar na Beira Mar ou na Iracema. Se for morar, o bairro é Alagadiço Novo. Não se esqueça de pegar uma topic (micro-ônibus) para dar uma passadinha na praia do Cumbuco. Bagagem com bolo e pão com manteiga gera baixa auto-estima, porém boates em arquitetura démodé é cool. Não se esqueça da Coca KS para rebater.
p.s.: a melhor da viagem: "dignidade em destruição".