sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Vamos sair demodé?


Cara, não sei definir o que éramos nós. Saímos do Hardcore super-trash fruto do Colégio Expovest (ó meu talento para rimas haha), fizemos uma viagem pelo Rock'n' roll mas com o Punk sempre na veia. Na prática, o Riot Grrl nos tomou como aprendizes. Em meio à isso, flertamos com o romantismo bizarro de Sheila Mello, e ainda sim, disseram que uma de composições alcançou o status de hardcore nova-iorquino.

Da garagem aqui de casa, alcançamos o templo do mundo indie da época. E como um meteoro, da glória fumegante à decadência, aterrizamos bem de cara num estúdio vagabundo por aí. O que sobrou dessa insanidade juvenil foram cinco universitários, perdidos em seus caminhos, mas eternamente demodé. Se fomos a pior banda do mundo? Sim, talvez...mas também a mais divertida do século XXI.

"Saia da rotina
Saia do clichê
Saia da rotina
Saia Demodé!"
Saia Demodé - Saida Demodé


p.s.1 : sim, sei que devia ter vergonha de postar isso aqui, mas não poderia deixar passar em branco o nosso revival. Aguardem!

p.s. 2.: dúvida eterna: se escreve Demodé ou Démodé?

p.s.3: o texto foi uma bricadeira, ok? Mas, os fatos...esses foram reais! hahahaha

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

love's a game


“Oh, talvez eu pense, talvez não

Talvez eu irei, talvez não

Encontrar meu caminho desta vez

Eu ouço você me chamando em breve

Um desses dias

Alguns desses dias, e alguém pagará

Isso acontece toda hora

Eu vou embora, acreditando que você queria que eu fosse…”

The Magic Numbers



segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Última Coca-Cola do deserto na terra da Rainha

Oasis - Dig Out Your Soul (2008)

Nem adolescente eu era quando aprendi a cantarolar alguma coisa do Oasis. Claro que era o sucesso Wonderwall. De lá pra cá, mais nada da banda me chamou atenção. Inclusive, fui recriminada uma vez por gritar: “-Ah, tira o CD dessa banda chata que só faz música igual”. Detalhe, na ocasião só tocava Oasis devido a “ilustríssima” presença de dois caras do Cachorro Grande na festa. Um dos defensores do Oasis nesse dia (nem sei se ele lembra disso) me enviou uma das músicas do disco mais recente do grupo. O que eu poderia responder no MSN? –Bem, eu gostei. E fui sincera.

The Shock of the Lightning era a música. E não teria como eu não gostar. Esta, a faixa 4 do álbum, começa de cara com a marcação forte da bateria e os riffs de guitarra completam o peso necessário e nos tragam mesmo para dentro do som. O vocal de Liam Gallagher também grudou no meu ouvido, um pouco graças ao repetido verso “Come in, come out, come in, come out tonight”. Com direito a paradinha de bateria, bons chutes no bumbo e altas viradas legais (saudações para o baterista Chris Sharrock e suas baquetas), The Shock of the Lightning é de longe a melhor do disco Dig Out Your Soul.

No conjunto, o Oasis de 2008 parece ter bebido um pouco na fonte da sua própria década de origem. Dos anos 90, trouxeram algo da sujeira grunge para as guitarras nas primeiras faixas do disco. Aliás, até The Schock…eu  mantinha a opinião que, salvo os sucessos, a banda só compunha músicas parecidas umas com as outras. Sim, as características descritas se repetiram por todo o álbum, mas vi que o Oasis trouxe também baladinhas legais, como I'm Outta Time, e outras que soam melancólicas…como Falling Down. Por fim, cavalgamos um pouco ao som de The Nature of Reality: cadência equina com direito a solo de guitarra e tudo. Agora, a última faixa…Soldier On…indie convencional, meio água com sal.

 

p.s.1 : finalmente cumpri minha promessa. Este texto é dedicado ao Evaldo – o fã incontestável e persistente do Oasis. Se mudei minha opinião sobre a banda? Ainda não me convenceram totalmente, percebe-se.

p.s.2: Baixe Dig Out Your Soul (link testado) e, se quiser, me conte o que achou. Ou, conte ao Evaldo.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Efeito Placebo


“You're always ahead of the rest

When I'm always on time.

(…)

I drag behind.” 

                                                                 Placebo - Drag


“Baby, did you forget to take your meds?

And the sex and the drugs and the complications.”

                                                                 Placebo - Meds

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Nota em Voga!

Morrissey quase nu no single e novo disco à vista

“Se você acredita que não existe ninguém perfeito, vá até Manchester (U.K)”. Esta é uma descrição fanática de uma comunidade do Orkut dedicada ao cantor inglês, ex-vocalista dos Smiths e meu ídolo, Morrissey. Bem, agora teremos a chance de comprovar um pouco a mais do que o talento musical do artista.

É que o encarte do novo single “I´m throwing my arms around Paris” Morrissey (49, bem vividos, anos) e sua banda estão cobertos apenas por compactos de vinil, com 7 polegadas. E as novidades não ficam por aí. Disco novo de Morrissey está quase saindo do forno. De acordo como o G1, o lançamento é esperado já para as próximas semanas. Na Inglaterra e nos EUA, claro.

O que acharam da capa do single?

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Salve Salvador!

Há dias me pergunto o que falar sobre essa viagem. Ou melhor, o que é pior: o que escrever? Sai de Goiânia sem esperar nada, não no sentido de desilusão, mas no sentido de dar preferência às surpresas. É bem isso, acho que eu queria me surpreender. Mas claro, também esperava ver os tais estereótipos da Bahia. E é daí que surgiu o principal marco da viagem: a contradição.

Para começar após 26 horas de viagem, a chegada na primeira capital da nossa nação, que prefere ser chamada de nação, foi logo um tapa na cara. Pensei na hora, ah…chegamos pelo lado “b” da cidade. Com exceção de um shopping e do palacete que é a sede da Igreja Universal do Reino de Deus, foi só favela a paisagem da primeira noite em Salvador.

Então, ficamos num bairro chamado Caixa d’Água (para quem não conhece fica após o bairro da Liberdade, perto do IAPI e do Pau-Miúdo). E o resto da história? Se resume em tudo de mais belo e feio, baseado nos conceitos mais tradicionais destas palavras. O azul infinito daquelas praias, a vista e o pôr-do-sol no Farol da Barra, os séculos de história do Pelourinho e a beleza quase intocada da Ilha do Frade estão de um lado.

Milhões de favelas, fedô de esgoto, criancinha pedindo esmola e os vendedores chatos de outro. Neste caso, negativo não anula positivo. Tudo ali faz se completa, afinal, foi ali onde nasceu isso que chamamos de Brasil.



...

Musicalmente falando, descobri que os novos sucessos do verão baiano são Xana no Asfalto e Perereca pra Frente, Perereca pra trás. Ah... e não realizei meu sonho: andar por Salvador ao som da música O Canto da Cidade, da Daniela Mercury. Então percebemos que o nosso repertório baiano estava atrasado mais de uma década! Mas pelo menos, fiz hardcore na Bahia. Tudo bem que foi atrás do trio elétrico, entretanto...

Ainda sim, a minha trilha sonora da viagem não poderia ser outro além do Inkoma. Hardcore bem feito, ótimo vocal, pegada forte, boas letras e autenticamente baiano. E para quem não conhece, quem está nos vocais desta banda é a Pitty, há mais de 10 anos atrás. 


"Mas o farol continua brilhando,

E os gringos continuam gastando,

A galera continua se aplicando,

O verão dá ibope na Bahia

Salve Salvador!

O maior vício é contaminar." 


(Salve Salvador - Inkoma)