Michael Jackson is dead, boys
Saudade. Não apenas da pessoa. As jaquetinhas, calças, meias a vista e sapatinho preto. Os garotos e velhos que tentavam aprender os passos. Isso nunca tinha ocorrido antes. Uma verdadeira cerimônia: todo o povo aqui de casa (inclusive meu pai) de frente ao computador, para assistir os clipes de Michael Jackson.
Nunca fui fã do cara, mas parei para pensar e tem motivos para ser o “Rei do Pop”. Como qualquer popstar, ou unicamente como só ele pôde, Michael lançou tendências, construiu um certo tipo de cultura e até já esteve presente no dia-a-dia de pessoas a milhões de quilômetros. Seja pela calça que meu pai tinha igual ou pelo meu copo promocional da Pepsi com o Michael estampado. Outra revelação: minha mãe apresentou uma coreografia com a Billie Jean no colégio.
Confesso: embarquei numa espécie de velório. Às vezes trágico, às vezes cômico. Como um sinal de mudança de tempos, a notícia veio até mim pelo Twitter e não pela televisão. Triste demais pensar num garoto obrigado a dançar e a cantar desde os cinco anos, que cresceu ao som de ofensas vindas da boca do próprio pai e, ainda sim, tornou-se Michael Jackson. E tudo mais está sendo dito.
Na entrevista que a Record acabou de exibir, ele aparecia ou fingia estar completamente alheio as bilhões de cirurgias plásticas. Para Michael, foram realizadas apenas duas intervenções no nariz. Jackson negou também todas as acusações de pedofilia. Por fim, ficou claro o desprezo pela imprensa “urubu”. A mesma que o corou, enfiou a reputação do rei na lama e agora vai eternizá-lo em nossas memórias. Ainda bem.
Sei que a entrevista me deixou até deprimida, mas sigo com o pensamento “o que importa é a música” e isso Michael deixou de sobra. Rico será quem souber aproveitar.
p.s.1: Desde 25 de junho de 2009, Michael Jackson deve ter sido o nome mais jogado no Google e mais comentado no Twitter e mais visto na TV e no Youtube e mais e mais. Já baixei o "The Best of Michael Jackson" e prefiro lembrar assim.
p.s.2: "Just beat it, beat it, beat it, beat it / No one wants to be defeated"http://www.youtube.com/watch?v=ZkGOiS75Lwk
3 comentários:
Gostei do post. Tb assisti à record..difícil naum notar a fragilidade de Michael física e mentalmente. Ainda assim um grande ídolo. Vai deixar saudades...
é impossível não ser atingido por uma morte dessas proporções... lembro-me de quando Heath Ledger morreu... nunca mais assisti um filme com ele do mesmo jeito...
com Michael, parece acontecer a mesma coisa... hj suas músicas parecem soar de forma um tanto diferente...
o cara vendeu cerca de meio milhao de discos pós-morte, isso chega realmente a me assustar.
a noticia chegou até mim pela TV - sou muito cético pra mídia viral, como twitter e sites (ou twitters) de fofocas... Foi muito estranho, me senti mais uma vez invadido por uma avalanche de informações - como aconteceu cm a Lady Di e cm o 11/09.
a fronteira entra a espetacularização e a notícia torna-se muito tênue em casos como estes. São imagens sem explicações, tomadas aéreas incertas sem dar nenhuma notícia consistente, e todos ali, perplexos diante das câmeras! Aqui não foi diferente - enquanto eu abria inúmeras páginas na internet, fikei cm o controle da TV em mãos e trocava de canal a cada minuto... até que, de fato, veio a notícia oficil (até então os rumores eram muitos...), e então eu abri a pagina do NY Times e eles tinham confirmado...
para mim, naquele momento a ficha caiu!
conhecia pouco dele, aliás, conhecia mais seu mito, sua imagem (as vezes boa, as vezes ruim...)
entre os discos, eu conhecia Invincible, King of Pop(coletanea), e lógico, Thriller...
he is dead - e amanha, cm o funeral, ouviremos muito o seu nome... na tv, já se fala- cameras se posicionam...
é a espetacularização da imagem, é POP, e confesso, eu gosto disso, mesmo tendo consciencia de todos os problemas...
REST IN PEACE MICHAEL! REST IN PEACE...
obs: vou, agora, estudar pra prova do spentof
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