Young for Eternity - The Subways - 2005
Ser jovem por toda a eternidade é o sonho de muitos e especialmente da banda britânica The Subways. É que o disco de estréia do trio, lançado originalmente em 2005, exala energia juvenil. Young for Eternity mostra tudo o que eu, você ou qualquer outro jovem que curte o bom e velho punk rock gostaríamos de ouvir durante um show.
E para isso eles seguem uma receita simples e já repetida à exaustão: letras simples e genéricas, riffs de guitarra que se repetem durante toda a música e uma bateria, pra lá de divertida. Até aqui nenhuma novidade, já que há mais de 30 anos os Ramones inventaram tais características. Mas alguns detalhes da sonoridade da banda merecem atenção. Um deles é o vocal rasgado, a lá Kurt Cobain, de Billy Lunn.
A voz rouca do rapaz completa a sensação de força e energia proposta pela bateria de Josh Morgan. Por outro lado, o estridente back-vocal de Charlotte Copper (xará da, também britânica, campeã de tênis do século passado) soa rebelde assim como as danças loucas que a dupla executa nos clips e no palco.
Os Subways chegam ao máximo da simplicidade (e por que não genialidade?) no hit Rock’n’Roll Queen. Com praticamente o mesmo verso se repetindo toda a música, o trio faz qualquer erudito mexer os esqueletos. Apesar do nome, Oh Yeah! é outro single, um pouquinho mais complexo que o anterior, e representa tudo que Billy, Charlotte e Josh tem de melhor, ou seja, energia e empolgação.
No entanto, como bem diz os versos de Oh Yeah!, a juventude não dura para sempre e o álbum passa a ser repetitivo a partir da sétima ou oitava canção. Mas isso é perdoável, já que o Young for Eternity cumpriu a função: foi divertido até o último segundo. O desafio que fica para os Subways, serve também para toda nova banda indie, amadurecer é preciso.