quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Até a volta, Brasil Central!


“Nossa Senhora do Cerrado

Protetora dos pedestres

Que atravessam o Eixão

Às seis horas da tarde

Fazei com que eu chegue são e salvo

Na casa da Noélia

 

Nonô Nonô Nonô Nonônô ...”

(Nonato Veras / Nicolas Behr)


p.s.1:  ê Goiânia...

p.s.2 : rumo ao litoral! Quando retornar, viva e bem, vocês terão notícias...

Ou quem sabe até antes?!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Nota em voga


Glórias e louvores ao Deus do Rock


É muito raro, mas de vez em quando a Mamãe passa uns dias em casa. Agora é uma dessas vezes. Como ela fica a maior parte do tempo na MINHA cama e, às vezes, pede para eu colocar alguma música boa e alta aqui para ela ouvir de lá. Resultado: depois de anos, voltei a ouvir os sucessos do Queen. Sempre que eu ponho uma música deles, ela fica felizinha. E ela gosta mesmo da banda e adora o Freddy Mercury. Os sucessos do Queen eram outra trilha de infância para a gente (eu e a Mayara).

Ok! Ok! Vamos as vias de fato! Alguns dias depois desse processo, ou seja hoje, descobri que o Freddy Mercury é o Deus do Rock! Quem odeia listinhas, me perdoe… eu adoro! O site de música One Poll foi quem realizou a pesquisa. E pirem, ele desbancou Elvis, Kurt Cobain (o cara do meu quarto), David Bowie, Axl Rose (outro xodó da Mamãe), Jimi Hendrix (por quem aos 16 eu menti saber tudo, sem nunca ouvir) e Paul McCartney (de boa quiridos, sempre gostei mais do John mesmo).

Então, eu interroguei:

-Mamãe, pode me falar…o que você vê no Freddy Mercury?

-Ele é tudo! Aquelas danças, o corpo, tudo, tudo…Pena que as mulheres não puderam aproveitar.

-Ué, por que?

-  Ah, ele morreu de Aids.

-Eu sei, e daí? Só porque ele morreu de Aids não significava que ele era gay. (Mentira, eu sempre que início da década de 90, boêmia, Aids e morte precoce significava.)

-Ah, mas ele era.

- Mas isso não significa que as mulheres não aproveitaram…você sempre soube?

-Sempre, mas nunca deixei de admirar. (olhinhos de gato de botas!)

Realmente, uma vez…vendo um show do Queen na televisão (ou DVD ou VHS), quando o Freddy surgiu com aquela coroa e capa…eu me lembro da exclamação da Mamãe: “ -Será que era por isso que a banda chama Queen?” 0o Bem, se for eu, acho Mara! Na boa…e ele realmente era lindo.

E odiei desde o começo saber que daquele projeto…Queen + Paul Rodgers”. É como colocar outro no lugar do Renato ou do Kurt ou do Morrissey. Reis são reis…mas respeitem o Deus do Rock.

Olhem a lista:

1. Freddie Mercury (Queen)

2. Elvis Presley

3. Jon Bon Jovi (Bon Jovi)

4. David Bowie

5. Jimi Hendrix (The Jimi Hendrix Experience)

6. Ozzy Osbourne (Black Sabbath)

7. Kurt Cobain (Nirvana)

8. Slash (Guns N' Roses)

9. Bono Vox (U2)

10. Mick Jagger (Rolling Stones)

11. Axl Rose (Guns N' Roses)

12. Dave Grohl  (Foo Fighters)

13. Jim Morrison (The Doors)

14. Paul McCartney (The Beatles)

15. Steven Tyler (Aerosmith)

16. Robert Plant (Led Zeppelin)

17. Brian May (Queen)

18. James Hetfield (Metallica)

19. Jimmy Page (Led Zeppelin)

20. Bruce Dickinson (Iron Maiden)

p.s.1: Como frequentadora assídua do Terra, eu vi a pesquisa lá. Procurei mesmo no Google o site  One Poll ou Onepoll (cada portal brasileiro põe de um jeito) e não achei. Espero que a fonte ao menos exista, e isso significa, ser acessível a todos nós. (Se alguém achar, serei grata!). Mas, como esse blog é só meu e eu é quem mando nessa bagaça… se não existir, ao menos minha mãe concordou com essa pesquisa (dizem que ouviram 4 mil peoples).

p.s.2: Eu não sou profana, sou? Eu vou pro céu, não vou?

p.s.3: Tem gente que se lembra das batidas carteiras e do coro: -Wislon, wislon I hate you!

Então, …

 

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Caulfield e Caulfield


Caulfield. O que é? Uma música. Quem é? Um garoto de 17 anos, quase meu amigo. Só não o é porque mora em New York City. Ah, tem também o empecilho temporal: ele vive no fim dos anos 40 e, ainda sim, está no meu quarto. Brincadeiras a parte, Holden Caulfield é o famoso personagem do escritor J.D. Salinger e o título de uma não tão famosa música do Dance of Days. Mais que New York City, o mundo dele é ligado ao nosso através do papel, da tinta e, claro, das palavras.

Sabe, aquele livro que o assassino do John Lennon pediu para o artista autografar antes de mata-lo? Então, este. O Apanhador no Campo de Centeio. Caulfield, a música, é faixa título de um álbum lançado em 2002 com o nome de Coração de Tróia. E óbvio, que este foi o primeiro dos Caulfield que eu conheci. Para ser sincera, só conheci o Holden Caulfield a pouco tempo.

O Apanhador no Campo de Centeio mostra o fim-de-semana decisivo de um garoto da high society nova-iorquina. E ele não é qualquer um, Holden está em crise mas escreve bem para chuchu. Pai advogado e tudo, internato cheio de sacanas, irmãos todos inteligentes, cigarros e drinks, garota cem por cento para quem ele nunca consegue ligar.

E a música? Ela soa como um misto entre o compositor e o próprio Caulfield. O que me chamou atenção a primeira vez que ouvi foi a oscilação entre a calmaria e estes versos que o vocalista Fábio Nenê Altro canta desesperadamente: “Eu nem sei se eu quero saber se amanhã vai ser igual (ou não)... Porque me assusta tanto não ter histórias pra te ouvir contar.”

As histórias do Holden realmente fazem falta. Não sei se gosto dele ou não, mas o fato é que era como se ele estivesse conversando ao meu lado, ou talvez, eu fosse o próprio. Só espero que ele tenha conseguido salvar as crianças do campo de centeio.

p.s.1.: 0o an?!

p.s.2.: A letra do Dance of Days (ouvir?):

Caulfield

Não vou saber dizer o que há... / Não vou poder jamais explicar / os dias em que pensei ter respostas para tudo / fingindo ser forte e negar / que eu nem sei se eu quero saber / se amanhã vai ser igual (ou não)... / Porque me assusta tanto não ter histórias pra te ouvir contar. //

Quão mais tentei saber e falar mais tropecei em minha língua. / Esperas que eu seja forte atrás deste escudo que nunca me deixou enxergar que eu nem sei / se eu quero saber se amanhã vai ser igual (ou não)... / Porque me assusta tanto não ter ninguém pra poder abraçar. //

Teorias de viver não me deixaram rumos e agora eu estou parado. / As pessoas vão e vem e é tudo tão confuso... / eu só queria voltar pra casa. / Mas agora nem mesmo você está aqui pra me explicar. / Eu juro, eu tentei correr, mas acho que foi tarde demais. / Agora quem vai se importar? / Meus dois braços não vão bastar e ninguém vai me ajudar a tirar as crianças do campo... //


sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

acaso a sina

"Escrevo por não ter nada a fazer no mundo: sobrei e não há nada para mim na terra dos homens. Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse a sempre novidade que é escrever, eu me morreria simbolicamente todos os dias. Mas preparado estou para sair discretamente pela porta dos fundos. Experimentei quase tudo, inclusive a paixão e o desespero. E agora só quereria ter o que eu tivesse sido e não fui."

Clarice Lispector

p.s.: porque preciso escrever muito este ano. Em quantidade e qualidade.