domingo, 26 de outubro de 2008

O amor vai nos destruir*


 “Ian certa vez comentou a respeito numa entrevista: ‘Escrevo sobre as diferentes formas que diferentes pessoas lidam com certos problemas, e como essas pessoas podem se adaptar e conviver com eles’." by ini/amiga Wikipedia.


 Morte aos 23. Isso depois de se tornar ícone da mitologia do rock e figura das mais prestigiadas da sua geração. Fruto de uma cultura de sacrifício aos jovens artistas ou apenas a consequência da melancolia inevitável de Ian Curtis? Como diria um amigo, “a mente humana é muito complexa”. Então, nem me atrevo a tentar desvendá-la. O que nos resta é tentar, ao menos, entender os fatos.

Tudo começou, em1976, num show dos Sex Pistols. Ian, Bernard, Peter e Stephen eram os caras. E Joy Division foi o fato. Da tradução direta, o nome significa Divisão da Alegria mas como nada é só o que aparenta, esta divisão da alegria era o local onde as mulheres judias eram presas e abusadas sexualmente pelos os nazistas. Isso, durante a Segunda Guerra.

O nome da banda seria apenas uma forma de chocar as pessoas? Sim e não. A realidade já era chocante o suficiente. Imaginem vocês num show, no final da década de 70, e o vocalista começa a ter crises epilépticas no palco. O que parecia ser apenas um jeito louco de se dançar, era imitação das crises verdadeiras que Ian sofria. Às vezes no próprio palco. Toda essa mistura só era a ilustração corporal da melancolia única presente nas letras de Ian Curtis.

Então, vamos injetar um pouquinho do veneno:

“[…]Um momento tão emocionante vai direto ao seu coração

Condição que nunca foi aceita

A atração que parece um funeral bem no seu interior

Algo que eu nunca vou esquecer

O padrão foi definido, a reação irá começar

Completa mas rejeitada tão cedo

Se antecipando à dor de cada lágrima

Impulso que cega cada movimento

Sombra parada à beira da estrada

Sempre me lembrando de você

Como posso encontrar o caminho certo para controlar todo

conflito interior? […]” Komakino. (clique AQUI para ouvir)

* O amor vai nos destruir é o epitáfio no túmulo de cinzas do Ian Curtis. Ele se enforcou no dia 2 de maio de 1980. Além disso, o epitáfio era uma referência ao maior sucesso do Joy Division: Love Will Tear Us Apart.

E como o show sempre tem que continuar, os outros integrantes do Joy Division sacudiram a poeira, montaram o New Order e fundaram a música eletrônica. Mas, isso já é outra história.

p.s.: Quem tem um encanto por "melancolia fria, romantismo negro e desesperança pós-industrial" indico o filme "Control", sobre a vida do Ian Curtis. Ao ver o longa, compare com as músicas Love Will Tear Us Apart, Atmosphere, She's Lost Control e Transmission. Dizem que tem a ver, mas eu não sei. Não assisti e ainda quero ver.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

pan pan pan paaan


"But, I just
keep on laughing.

Hiding the tears in my eyes
Because, boys don't cry...

Boys don't cry
Boys don't cry."

domingo, 19 de outubro de 2008

Dica musical perigosamente sensual

Cat Power e Karen Elson - I Love You (Me Either)

“-Marcela, que música de motel que você tá ouvindo aí?”

Se minha digníssima irmã teve sucesso na afirmação, só quem ouve I Love You (Me Either) poderá responder. Adianto que essa é uma versão para a original francesa, Je t'aime mon non plus do Monsier Gainsburg (canção que parece, levemente, uma cena de sexo).

Bem, quando ouvi os primeiros acordes…falei, ahh sei qual música é! Mas, imaginem que surpresa foi a minha: ao invés de ouvir as vozes da mocinha e do mocinho franceses super-sexys, foi a dupla Cat Power e Karen Elson que invadiu as caixinhas do meu pc e cantando em inglês.

Nem vou descrever o resto, porque sou meio tímida sabe… (haha) Mas agradeço, a srta. Cindy por ter achado I Love You (Me Either). Isso, porque até o presente momento, nem no Google tem a letra da música.***

Felizmente, alguém colocou no Youtube. Clique aqui para ouvir!

p.s.1: ah, e também fui procurar sobre a tal Karen Elson (que nunca tinha ouvido falar) e descobri que é esposa do Jack White (White Strips e The Racounters). Além de cantora, ela é modelo e já desfilou para grifes como Louis Vuitton, Christian Dior e Chanel. Hoje é vocalista da The Citizens Band (nunca ouvi falar, também).

E um fato inusitado: Karen Elson e Jack White se casaram numa canoa, em 2005, no rio Amazonas. 0o

p.s.2: prestem atenção na risada no final da música! (hoho)

p.s.3: atualmente, essa música foi copiada para o mp3 da minha irmã! hahahahahaha

**** erro da Marcela: a letra da música foi achada aqui - http://cancoesdosmeusdias.blogspot.com/2006/12/i-love-you-me-either.html

domingo, 12 de outubro de 2008

Dominatrix através dos séculos


Uma viagem ao meu passado. Trilha sonora: Dominatrix.

Cena 1 – Garota Rebelde:

“Eu costumava dizer que eu era tola / Eu não podia fazer as coisas que ele podia. / Mas escute bem garoto, / Eu não preciso de nada de você! / Não compre uma revista que diz que você tem que usar maquiagem / Não compre uma revista que diz que você tem que emagrecer.

[…] Não aprendi nada hoje, não quero ir pra escola / Eu posso aprender com as notícias / Eu posso aprender lendo um livro.” No Make up Tips

Cena 2 – Vamos agir Grrrls!

 “Seu burro, seu idiota, que anti-social o quê! / Anti-social é uma mulher tentando andar numa rua escura à noite / Que tipo de vida é essa que eu tenho que ficar 24 horas por dia alerta igual a um cão-de-guarda?! / De quem são os olhos que te vigiam? / De quem é a mão que te ataca?” Die Die

“Eu sei o quanto é difícil se fortalecer (afinal é tão sexista) […] Já é sabido que o mundo tem medo de garotas espertas (se fortaleça nisso)…” Flat Earth

Cena 3 – First Love:

 “O amor de verdade / Não está nos livros / Talvez nas notas de rodapé que ninguém lê. / Seis em seis, eu amei para ser amada e esta é uma maneira errada de não ficar só. / E se eu escolho acreditar / Porque minha natureza assim diz. / Então, escolho por acreditar que nossas vidas se tornaram uma.” Pagan Love

Cena 4 – hohoho:

“E se eu saio a noite pra zoar, luxúria versus culpa: primeiro round!

[…] Eu sabia desde a hora que você tentou trepar comigo. / Ei, qual o placar? Eles dizem que a luxúria venceu!” Love Free

Cena 5 – atual e ainda sem final:

 “O conhecimento é uma entidade / Que em algum momento baterá em sua porta / Para te dizer como é confortável não procurar por ele. / Um espectador, sim, é você. / Um gravador, sim, é você. / Sentado em seu sofá esperando as coisas chegarem até você.” Knowledge

“Mas, nós sabemos a verdade.” Fato e Ficção

“A violência se faz, / A indiferença se faz, / A intolerância se faz sem testemunha. / Dentro de casa, na frente das escolas / Dentro de casamento e nas delegacias. / Não faz mal pensar que não se está só.” Filhas, mães e irmãs

“Ser chamada de separatista enquanto luta pelos direitos das mulheres?! Ah é, e a Terra é quadrada.” Flat Earth

“Quem poderá me dizer se isso é realmente o que ela quer, o que ela quer pra sua vida?” Jack Queen

“Por que esconder meu caos, se eu posso ir para o inferno com classe?” Broken Glass Candy

 

p.s.1: Sim, elas são foda e existem coisas mais fortes do que as fases da vida.

p.s.2: Foto do primeiro, único e melhor show do Dominatrix que pude ver (Goiânia, 2006).


Ouça aqui:

http://br.youtube.com/watch?v=8N5xgZtlDBs

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

11 de outubro!


"Eu sou o Renato Russo

Eu escrevo as letras, eu canto.

Nasci no dia 27 de março, eu tenho 23 anos.

E sou Áries e ascendente em Peixes.

Eu trabalhava com Jornalismo, rádio, era professor de Inglês também.

E comecei a trabalhar com 17 anos e tudo…

Mas só que, de repente, tocar Rock era uma coisa que eu gostava mais de fazer…

E como deu certo eu continuo fazendo isso até hoje."

___________________________________________________

Oi!

Eu sou a Marcela Guimarães.

Eu finjo que escrevo letras, forço e não canto.

Nasci no dia 05 de março, eu tenho 20 anos.

E sou Peixes e ascendente em Áries.

Eu trabalho com Jornalismo, rádio, frequentei aulas de Inglês também…

E comecei a trabalhar com 19 anos e tudo…

Mas só que, de repente, tocar Rock era uma coisa que eu gostava mais de fazer

E como não deu certo, eu gostaria de ter tentado isso até hoje.


p.s.: será mera coincidência?

URBANA LEGIO OMNIA VINCIT.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Top 5, anos 80!

Na verdade, eu havia escrito um monte de coisas sobre os anos 80. Coisas que apenas forjavam o raciocínio do texto. É que fingimos gostar desta década para simplesmente sentir um pouco da realidade que nunca nos pertenceu. Prova disso? Olha um trecho que não censurei da minha antiga versão:

“A década perdida, o fim das ilusões da Geração de 68, o surgimento da AIDS e o fim da Revolução Sexual, o socialismo realmente não iria salvar a Terra, “abertura lenta e gradual”, a derrota das “Diretas Já”, a morte de Tancredo Neves, Plano Cruzado, inflação. E nunca vamos esquecer do elemento químico Césio 137 (Goiânia, 13 de setembro de 1987). Realmente, não tenho noção alguma do que seria passar por metade desses acontecimentos, talvez por isso, o contexto me fascina tanto.”

“E mentir é fácil demais…” haha. Confesso que a idéia de década perdida é uma conquistadora fatal! Como uma pessoa como eu, não iria glorificar a década que nasceu? Ainda mais, sendo ela a geração direta dos meus pais e, literalmente, a década perdida? Fascínio sobre a derrota? Talvez. Só não nego, os sucessos (românticos, e por que não?) que, às vezes, brotam no meu player. Mais brega que nunca. E mais sincero, que muitos! Vamos lá, baby!

Nº 1- Spendy My Time (Roxette):

Já entreguei no post anterior. Os suecos Marie Fredriksson e Per Gessle conseguem transformar a dor-de-cotovelo em algo humanamente belo. Quando o verso “Spendy My Time” ecoa, parece que Marie canta por todos nós. Quem nunca perdeu o seu precioso tempo com alguém indiferente? Eis a grande sacada da universalidade de temas, com a pitada de talento natural para marcar época.

Nº 2 – Slave to Love (Bryan Ferry):

Se eu contar como me apaixonei por essa daqui, ninguém acredita. Ou melhor, uns acreditam sim (hoho). Envolvendo seriado, sabe?! Mas assim, de repente, basta aquela voz…sexy (por falta de um adjetivo melhor) a cantar: “-In the usual place”. Usual place, cativa como nenhum Pink Floyd da vida conseguiu me balançar. Óh, que simplório o gosto musical da Marcela?! Pois bem, “Somos jovens demais / Para ter juízo / E adultos demais / Para sonhar”…Slave to love, na na na na.

Nº3 - Time after Time (Cyndi Lauper):

Não tem como falar desse período sem a “patinha feia do rock” (de acordo com minha mãe, esse era um apelido de Cyndi na época). Cabelos coloridos, cortes malucos em uma época que fazer música pop, no sentido mais popular da palavra, ainda rimava sinceridade com sucesso. Coisas que só o pioneirismo consegue criar.

Nº 4 - I've Had The Time Of My Life (Dirty Dancing) :

Trilha Sonora de um dos filmes que eu mais assisti na vida. Sessão da Tarde das mais queridas de todo o mundo, Dirty Dancing conta a história da riquinha e do lindo professor de dança de um resort. Conto de fadas moderno enlatado e devorado pelos jovens dos anos 80 e por nós, crianças na década de 90. E vou parar de falar, antes da lágrima escorrer...

Nº 5 – O Amor e O Poder (Rosana) :

Não podia deixar de fora um sucesso brasileiro. Mesmo que não seja tãão brasileiro assim! Composição original é de C.Derouge, G.Mende, M.Applegate e J.Rush Â, que só a Deusa sabe quem é...E foi na voz de Rosana que a canção se popularizou. Nunca vou saber dizer, o que seria ver no Fantástico em 1987, a Rosana surgindo em meio a fumaças características e felinos ameaçadores. Por mais brega, ridícula que seja…quando a Rosana canta “A fim de dividir / no fundo do prazer / o amor e o poder” vem uma coisa no peito, quem nem sei dizer! Haha. Se é algo ruim ou bom, talvez nunca saiba responder. O engraçado é que a "musa" dá uma de Cyndi Lauper, meio Elvira – Rainha das Trevas. Pena que se esquece da rebeldia original, e em troca…o sucesso estrondoso. E único na carreira da cantora!


p.s.: Brega até o fio de cabelo. Quem nega isso, nega o verdadeiro espírito oitentista. Aquele que eu amo. And, I am slave to love..nananana.